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17 outubro 2006

Policarbonato, um mercado crescente no Brasil

Policarbonato ganha mercado no Brasil


O policarbonato é um plástico de alta resistência inovador e muito utilizado na produção industrial, construção civil, iluminação, decoração, segurança e eletrodomésticos. Apesar do crescimento em sua utilização, como por exemplo, nos ventiladores lançados pela Spirit, com pás feitas em policarbonato colorido, o País ainda está muito aquém de nações desenvolvidas como os Estados Unidos, que tem um consumo per capta de policarbonato cerca de 22 vezes maior que Brasil.

Até pouco tempo o material era limitado a mercados de alta sofisticação tecnológica, hoje ele vem ganhando espaço no Brasil. Um dos mais avançados polímeros do mercado, o policarbonato tem excelente transparência, alta resistência térmica (suporta temperaturas de até 130º C) e mecânica (é o mesmo composto das janelas dos aviões e dos escudos da Polícia Militar, por exemplo). O material também se destaca por sua grande flexibilidade (após ser dobrado, o material volta à sua forma original sem marcas ou ranhuras), que permite sua larga utilização na indústria automotiva e de eletroeletrônicos.

Por ser atóxico, o policarbonato é muito utilizado na produção de equipamentos médicos, embalagens alimentícias e mamadeiras. Devido às características de transparência, resistência à temperatura e resistência a impactos elevadíssimos, propriedades que não estão associadas em outro tipo de material, o policarbonato vem permitindo ao fabricante liberdade de design e facilidade de produção das peças finais, o que contribuiu para a sua maior disseminação no País.

Em termos unitários, o policarbonato pode chegar a custar até o dobro que materiais commodities. Mas, se o processo for direcionado desde o início para o policarbonato, os custos gerais são bastante competitivos, em função das economias obtidas pelas propriedades do material, com a vantagem de se ter um produto de qualidade superior.

A projeção de crescimento do uso do policarbonato no País contribuiu para a decisão da Policarbonatos do Brasil, única empresa fabricante da resina de policarbonato da América Latina em operação no País desde 1985, em ampliar a capacidade de sua produção. A empresa investirá US$ 2 milhões para aumentar em 20% a sua produção, o que significa mais 3 mil toneladas/ano. Metade deste volume deverá ser consumido pelo mercado nacional e o restante será dedicado à exportação. Atualmente, 50% da produção da Policarbonatos do Brasil é exportada para mercados como EUA, Europa, África e América Latina.

Com este investimento, a empresa espera aumentar seu faturamento em aproximadamente 20% em 2006, quando a expansão entrar em operação. Hoje, o mercado brasileiro de policarbonatos gira em torno de 20 mil toneladas/ano, sendo que a Policarbonatos do Brasil tem capacidade de produção equivalente a 15 mil toneladas/ano.

Para ampliar ainda mais o seu mercado, Policarbonatos do Brasil lança na Brasilplast, Feira Internacional da Indústria do Plástico, que acontece até o dia 8 de abril, no Anhembi, em São Paulo, a versão colorida do policarbonato anti-chama, lançado no ano passado apenas na versão cristal. O produto permitirá maior atuação nos mercados de telecomunicação e eletroeletrônicos.

Segundo o gerente comercial da Policarbonatos do Brasil, Antonio Pedro Machado, o crescimento do policarbonato até 2003 foi bastante irregular. Ainda existe uma falta de conhecimento significativo sobre o produto e sua característica de resolver problemas técnicos em aplicações complexas. Entretanto há uma mudança de visão do mercado brasileiro.

Um dos motivos desta mudança é a inventividade do brasileiro. Para Machado, produtos como os ventiladores Spirit, concebidos pelo Estúdio Índio da Costa, são um bom exemplo de criatividade e visão comercial do mercado nacional. A parceria entre Spirit e Índio da Costa fez o antigo ventilador, com design ultrapassado, se tornar um produto moderno e cobiçado pelo mercado internacional. A Spirit já exporta seus ventiladores para oito países.